segunda-feira, outubro 16, 2006

GREVE NACIONAL



Nos próximos dois dias os professores e educadores protagonizam mais uma luta contra as reformas propostas pelo ME para o Estatuto da Carreira Docente.
Como é óbvio, eu faço greve. Claro que no orçamento estes dois dias de greve vão pesar, mas pesava-me muito mais a consciência se não aderisse a esta greve por questões financeiras, razão pela qual ouvi alguns colegas a justificarem o "fura-greves".
Em anteriores greves havia sempre a desculpa de serem sextas ou segundas (apesar de também eu não concordar com estes dias), desta vez como este caso não se coloca, as mentes limitadas e hipócritas, que passam a vida a queixarem-se mas não agem, tinham de arranjar outra desculpa para não aderirem...
Entristece-me saber que pertenço a uma classe profissional tão pouco unida e que estejamos sempre à espera que alguém lute pelos nossos direitos...

3 comentários:

Alda Serras disse...

Olá, passei por aqui e não resisti a comentar.
A questão financeira não é apenas uma desculpa, é uma realidade. Muitos professores, deslocados ou não, assumiram responsabilidades financeiras e os para cima de 100 euros que perdem por uma greve de dois dias pode deixá-los numa situação muito precária, mais ainda se são dois professores em casa. Nem todos temos pais ricos nem ganhámos a lotaria!

Sandra Sousa disse...

A quem o dizes... pois como não tenho pais ricos, não ganhei a lotaria nem sou cliente do BES, 120 euros vai-me fazer uma enorme diferença no orçamento. Mas diferença maior faria se o ME fosse para a frente com o novo ECD... pois ficariamos a perder muito mais do que 120 euros a longo prazo

Alda Serras disse...

Concordo perfeitamente, mas quando as finanças são magras só dá para pensar a curto prazo: no fim do mês e nas prestações para pagar...