PROVAS DE AFERIÇÃO III

Por ordens do ME, todas as escolas que tenham interrompido as actividades lectivas, nas duas manhãs da realização das provas de aferição, terão de prolongar as aulas por mais duas manhãs, repondo assim as aulas que não foram leccionadas.

É um facto que os alunos ficaram prejudicados com estas duas manhãs sem aulas, mas também é importante referir e relembrar que o calendário das provas de aferição foi da responsabilidade do ME, que pelos vistos não faz a mínima ideia das condições reais das suas escolas.

Ora vejamos, uma escola que tenha 8 turmas, 4 do 5º ano e 4 do 6º ano e apenas 7 salas de aulas; no dia das provas teria de desocupar 4 dessas salas para que os alunos do 6º ano pudessem realizar a prova e requisitar 8 professores aplicadores efectivos e mais 2 suplentes.

Restariam 3 salas de aulas para 4 turmas do 5º ano e seis professores disponíveis para leccionar a essas turmas... claro que com muita criatividade sempre poderíamos colocar alguns alunos a ter aulas na casa de banho...

E pronto, lá se vai fazer mais uma vontade aos senhores dos gabinetes do ME e segunda daremos aos 5º anos (já que os 6º estiveram na escola a fazer as provas) as aulas correspondentes ao dia da prova de português e na terça as aulas correspondentes ao dia da prova de matemática. Ou seja, os alunos do 6º terminam as aulas no dia 22 de Junho e os do 5º no dia 26.

Portugal no seu melhor!

PS.: É melhor começar a ter mais cuidado com as coisas que escrevo pois ainda hoje li no Educare, que a APM (Assoc. Profs. Matemática) foi convidada a abandonar a Comissão de Acompanhamento do Plano de Matemática após criticar publicamente declarações da ministra da Educação.